Por uma arquitetura essencial.

18.9.12

Arquitetura do mínimo e as cidades

Hoje lí duas reportagens no jornal O Globo de domingo (16/09), na sessão Morar Bem. Indicação do chefe sobre duas reportagens que falavam sobre moradias reduzidas, em poucos m² para se morar. Em uma das reportagens dizia sobre uma moradia de 9m² ou 27m³. Um cômodo de 3mX3mX3m. Fiquei imaginando viver num lugar assim, mas pensando por outro lado fiquei imaginando as pessoas que se dispõem a morar em um lugar reduzido. Menos é mais, como já dizia Mies van der Rohe. A praticidade e a utilidade do seu espaço. Como diz na reportagem vai de cada tipo de pessoa e seus costumes. Isso vem acontecendo muito em cidades que o espaço já é uma problemática e o fator preço imóvel também conta. Tempo dentro do espaço, quando passamos 12hs no trabalho e fora de casa. Hoje em dia há pessoas que vivem como nômades, e pra quê uma casa grande? Há também a compactação dos móveis, que hoje em dia são fáceis de de transportar, locomover e de encaixe. Tudo milimétricamente calculado dentro do espaço.
Quando lí a reportagem, logo lembrei de um vídeo que assisti sobre um apartamento no Japão que tem esses princípios (vou postar o vídeo no final). Olhando e fazendo um comparativo local, percebo a preocupação das pessoas conquistarem seu próprio imóvel, e assim as grandes construtoras e empresas levam a fornecer habitação de baixa e média renda, assim facilitando e tornando possível o sonho da casa própria. Apartamentos e casas com menos de 80m², variando de acordo com as necessidades. Vejo também pela questão social, onde hoje as pessoas demoram mais para casar e constituir uma família, onde o individualismo e o almejar conquistar bens materiais falam mais alto. Quem não quer ter seu canto, seu espaço, ter seu carro, suas coisas, sem ter que dividí-las com alguém? A coletividade hoje em dia está em falta, pensamos mais no próprio umbigo do que na questão social no mundo em que vivemos hoje. Certo ou errado? Não tenho essa resposta, mas tenho minhas indagações e teorias. Consumismo exacerbado e um pouquinho mais de diversão. Futilidade em jogo pra suprir o ego. Quando é pra pensar coletivo, olhamos pro próprio umbigo, quando é pra olharmos pra nós, pensamos nos outros. Correção de inveja e interesses, onde o mundo caminha para algo onde não tem volta.
Enfim, a moradia, sendo ela de acordo com suas necessidades diz um pouco mais sobre você e os costumes de onde você vive. A preocupação com o meio ambiente, a sua questão social e financeira, e por aí vai. Questões essas onde morar em 9m² não é problema para quem tem as prioridades, onde viver bem e saudável é o que mais importa.
 
Já postei o vídeo no blog, mas vale a pena rever.
 
 
 
 
 

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